Câmara abre mais uma CPP para investigar conduta do vereador Condé na licitação de material de limpeza

Foi protocolado nesta semana o pedido de instauração de Comissão Parlamentar Processante (CPP) para investigar a conduta do vereador de Caratinga Sérgio Antônio Condé na compra de materiais de limpeza para a Câmara a partir de uma licitação suspeita. A CPP pode cassar o mandato do vereador, caso a investigação encontre provas que confirmem a acusação de superfaturamento e desvio de verba.
 
Os membros da comissão já foram sorteados. Diego de Oliveira foi nomeado presidente; Rominho Costa, secretário, e “Ronaldo da Mila”, relator.
 
Segunda tentativa
Esta é a segunda CPP instaurada na Câmara de Caratinga para investigar o vereador Sérgio Condé. No ano passado o relatório da comissão não pode ser votado por falta de quórum. Depois de semanas de apuração, terminou arquivado.
 
Outra acusação
Enquanto a Câmara analisa a possibilidade de cassar ou não o mandato de Condé, conforme o que for apurado pela CPP, o vereador enfrenta processo criminal. A justiça já o condenou em primeira instância por ter exigido parte dos salários de funcionários do legislativo para garantir seus empregos, enquanto presidia a Casa. Além da sentença de 4 anos e oito meses de prisão, ele deverá devolver os valores subtraídos das vítimas e perder seu mandato. Mas enquanto recorre nas instâncias superiores, continua com o cargo de vereador preservado e recebendo salário regularmente.

Ministério Público apura irregularidades na elaboração da resolução que determina troca de placas de veículos

O Ministério Público Federal no Amazonas instaurou inquérito civil para apurar supostas irregularidades ocorridas no procedimento administrativo que fundamentou a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece a utilização, em todo o Brasil, de placas de identificação de veículos no padrão Mercosul. O objetivo é apurar se foram cometidas irregularidades em benefício de determinadas empresas de emplacamento e em prejuízo dos consumidores proprietários de veículos.

A portaria de instauração do inquérito civil destaca que a simples troca das placas, sem a adoção de um sistema interligado entre os Estados-membros do Mercosul que integre de forma efetiva os países, não alcançará os objetivos de facilitar a fiscalização, coibir adulteração de placas e roubo de veículos e propiciar livre circulação entre os países que fazem parte do bloco.

A mera troca de placas, no entendimento do MPF, resulta em relevantes gastos para os proprietários de veículos e consequente lucro para um seleto grupo de empresas, o que pode representar uma ameaça às melhores práticas que orientam as relações de consumo, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A resolução do Contran determina que todos os veículos já em circulação devem substituir as placas utilizadas atualmente por placas do novo modelo, até o fim do ano de 2023. Os veículos novos ou que forem transferidos de município deverão ter as placas no modelo Mercosul a partir de 1º de setembro deste ano.

Além disso, há dúvidas quanto à condição das empresas de atenderem a demanda que vai surgir na produção destas placas.

Bandidos abordam funcionário de empresa no trânsito, mas levam apenas mochila com lanche

Uma ação criminosa terminou, de certa forma, frustrada na rua Dona Julica, centro de Caratinga. No final da manhã de hoje (16), o funcionário de uma empresa local estava parado no semáforo em uma moto quando foi abordado por dois assaltantes. De acordo com tenente Walace, os autores, possivelmente, estavam à procura de algo de valor, mas acabaram levando apenas um lanche que estava na mochila da vítima.

A polícia conta com imagens de câmeras de segurança próximas ao local do fato para identificar os infratores. Após o assalto, eles fugiram sentido avenida Moacyr de Mattos.

Caratinga está sob decreto de calamidade na saúde pública mais uma vez

Caratinga está mais uma vez sob decreto de calamidade na área da saúde. O prefeito Wellington Moreira alega que não há “recursos para manutenção dos serviços essenciais, principalmente para manutenção dos serviços de saúde pública, considerando a urgência em reestabelecer os serviços de média e alta complexidade no município”. O executivo também destaca a urgência no equilíbrio da relação arrecadação X despesas como um todo e, em especial, no setor de saúde. De acordo com a administração pública, o município executa todos os programas criados pelos governos Estadual e Federal, assumindo muitas responsabilidades.

O decreto vale por 120 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Durante este tempo, estão proibidas despesas que dependam de recursos do município sem a aprovação do gabinete do prefeito, com exceção apenas para cumprimento de determinação judicial. Mas enquanto o decreto estiver em vigor podem ser feitas contratações de serviços e aquisições de equipamentos e produtos, sem licitação, quando a extrema urgência for devidamente documentada.

A assessoria da prefeitura informou à Rádio Cidade que a administração está tendo dificuldade de arcar com os custos, especificamente, dos procedimentos de urgência e emergência. O atendimento, bem como a compra de medicamentos e materiais de suporte, estão comprometidos. Até o momento não há paralisação dos serviços, segundo a assessoria, e a prefeitura tem arcado com as despesas por causa do atraso de repasses dos governos Estadual e Federal. O pagamento de fornecedores também estaria em dia, de acordo a administração municipal.

No que diz respeito à UPA, a assessoria afirma que o decreto tem relação com a unidade na medida em que são justamente os serviços de urgência e emergência os mais afetados pela escassez de verba. Porém, afirma que a decretação de estado de calamidade não está relacionada à aquisição de equipamentos para a unidade, neste momento em que está havendo troca de administração, da AMINAS para o Cides-Leste.

Somados os atrasos de repasses para o Fundo Municipal de Saúde, Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Unidade de Terapia Renal Substitutiva e para a prefeitura, o montante chega a R$ 8 milhões e 197 mil.

 

Segundo decreto

Esta é a segunda vez que o prefeito Wellington Moreira decreta calamidade na saúde. A primeira foi quando o Casu-Unec encerrou convênio com a administração pública para atendimento de urgência e emergência da população – há seis meses. Naquela ocasião, o decreto serviu para contratar serviços, equipamentos e materiais que viabilizassem a inauguração da UPA 24h.

Por coincidência, a UPA passa por uma reformulação neste momento, com troca de gerência. O contrato com a AMINAS (Associação Mineira de Assistência à Saúde) terminou no último dia 10 e o Cides-Leste (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social do Leste de Minas) assume a administração.

De acordo com matéria publicada pelo Jornal A Semana, no último domingo, um desacordo marca o fim do contrato entre a prefeitura e AMINAS. O presidente da associação, Joel Tristão, acreditava que o município iria comprar os equipamentos que ele instalou na unidade ao final do contrato. Conforme a matéria, o suposto acordo com o prefeito teria sido quebrado há uma semana. Os equipamentos da AMINAS não serão comprados pelo município, que iria licitar empresas para aquisição de novos. Ainda segundo a publicação do Jornal A Semana, Joel teria afirmado que pretende acionar a Justiça.