A cassação dos votos obtidos na eleição de 2016 de uma coligação inteira que disputou o cargo de vereador em Inhapim ainda repercute. A Justiça Eleitoral cassou a coligação “Inhapim Novo Rumo”, formada pelos partidos PT/PTB/PTC/PSL, a pedido do Ministério Público Eleitoral. Segundo apurado, a coligação fraudou a exigência de percentual mínimo de candidatas que concorreram no pleito para obter o registro.
Nesta quinta-feira (19) o vereador eleito, Mauro César Ferreira de Oliveira (PSL), falou para a Rádio Clube de Inhapim. Como a Justiça Eleitoral anulou todos os votos dos candidatos da coligação, Mauro César teve o mandato cassado ao perder os 375 votos que recebeu em 2016. A decisão também proíbe que os suplentes assumam o cargo quando estiver vago.
De acordo com Mauro César, sua defesa já protocolou recurso. Ele deixa claro que, enquanto puder recorrer, continuará ocupando a vaga na Câmara.
De acordo com a investigação do Ministério Público, a candidatura de Nicinea Machado Ramos, pela coligação “Inhapim Novo Rumo”, foi fictícia. Ela teria sido usada apenas para possibilitar o lançamento das demais candidaturas masculinas. Nicinea não teria gastado um real sequer em campanha e não recebeu nenhum voto. Sendo assim, a candidata nas eleições de 2016 está inelegível até 2024.
Nicinea é esposa de Afonso Cláudio, presidente de um dos partidos da coligação. Segundo o vereador Mauro César, os advogados da coligação perderam o recurso na Justiça Eleitoral a partir do depoimento de “Afonso do Jornal”, como é mais conhecido. Mauro lembra o episódio recente em que Afonso foi preso por suspeita de fraude de documentos para obtenção do seguro DPVAT. Para ele, a Justiça não deveria se basear nas declarações de um investigado.
