Prefeitura de Piedade anuncia que depende do repasse do Fundeb, pelo Governo do Estado, para pagar restante dos salários da educação

Por Rádio Cidade

09/08/2018 às 14:15

O agravamento da crise que afeta todas as esferas de governo começa a comprometer a folha de pagamento dos servidores municipais de Piedade de Caratinga. Os funcionários da educação estão com salários atrasados e não há previsão para a regularização do pagamento, segundo o prefeito Edinilson Lopes.

No último dia 27, as professoras da rede municipal de Piedade foram convidadas para uma reunião com a equipe técnica e contábil da prefeitura. Na ocasião foram informadas de que o salário de agosto não seria pago na data prevista. Já nesta semana, a vereadora de Piedade Patrícia Mônica da Silva pediu explicações ao município. Ela quer saber, de forma oficial, por que a prefeitura não tem dinheiro para pagar parte do funcionalismo em agosto e o que está acontecendo com o recurso do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). De acordo com a lei, 60% do fundo deve ser utilizado diretamente na folha de pagamento de pessoal. O restante, com outros gastos na educação.

O prefeito Edinilson Lopes esteve na Rádio Cidade para explicar melhor a situação. De acordo com ele, alguns funcionários da educação ainda não receberam neste mês, mas ele espera que o depósito possa ser feito até amanhã, dia 10. O prefeito alega que o Governo do Estado não tem cumprido com o repasse do FUNDEB, por isso o município não conseguiu pagar os trabalhadores da educação que recebem salário com recursos desse fundo:

De acordo com Edinilson Lopes, os profissionais da educação que recebem com recursos do próprio caixa do município estão com o pagamento em dia.

Crise generalizada
Além de Piedade de Caratinga, outros prefeitos mineiros têm reclamado do atraso no repasse de recursos do Governo de Minas. Para tratar dos impactos que a dívida tem gerado, dezenas de prefeitos da região estiveram reunidos em Caratinga na última terça- feira (7). Na ocasião, alguns administradores municipais disseram que estão tirando dinheiro de outras áreas para suprir a demanda da saúde e educação. O prefeito de Piedade descartou essa possibilidade, temendo cometer alguma irregularidade, do ponto de vista legal.