Boatos espalhados principalmente pelo Whatsapp com a falsa informação de que haveria paralisação de caminhoneiros nesta segunda-feira (3), em todo o Brasil, levaram consumidores de várias cidades a procurarem os postos com urgência para abastecer seus veículos. O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Minas Gerais, José Natan, informou no domingo que não há previsão de greve, ressaltando que os motoristas já começaram a receber a nova tabela de frete e seguem mobilizados.
O reajuste de 13% no preço médio do diesel praticado pela estatal nas refinarias, anunciado na semana passada, desagradou a categoria. Eles se organizam para promover uma manifestação no próximo dia 12.
Nesta segunda visitamos alguns postos de combustíveis de Caratinga para saber se houve aumento na procura. O frentista do Posto Caratinga, José Márcio, disse que a empresa já solicitou mais combustível.
O proprietário do Posto Itaúna Giovanio Ribeiro de Sá disse que a procura por combustível também aumentou em seus postos. Mas afirma que o consumidor não precisa se preocupar, pois, até o momento, não está prevista qualquer paralisação de caminhoneiros.
Giovanio citou os aumentos recentes do diesel e da gasolina e lamentou, mais uma vez, esta política de preços.
O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado de Minas Gerais, Sinditanque-MG, divulgou nota informando que até a próxima quinta-feira (6) os representantes das distribuidoras de combustíveis devem se reunir com os caminhoneiros de todo país para tratar sobre a questão do frete. A lei aprovada recentemente sobre o assunto prevê que toda vez que o combustível subir acima de 10% o frete deve ser reajustado no mesmo índice, o que não aconteceu desde sexta-feira (31), quando o índice subiu 13%. Só depois de quinta o Sinditanque vai dizer se realmente haverá greve. O sindicato representa as empresas que transportam combustível.
Enquanto os governos não conseguem implantar políticas públicas que diminuam os problemas causados pelo abandono de animais nas ruas, ativistas e voluntários tentam evitar a procriação descontrolada de cães e a disseminação de doenças em várias cidades brasileiras. No último sábado (1º), a comunidade de Imbé de Minas se mobilizou para castrar dezesseis cães de rua e de famílias de baixa renda. A vereadora Rayanne Caroline estimulou a iniciativa, que contou com apoio de colegas do legislativo, de vários segmentos da sociedade e das veterinárias Ellen Gomes, Isabella Lacerda e Pamela Andrade. A jovem vereadora esteve na Rádio Cidade nesta segunda-feira para falar sobre esta experiência que deve servir de exemplo.
O julgamento em primeira instância do caso conhecido como “Mensalão de Caratinga” foi concluído. De acordo com a sentença do juiz Consuelo Neto, seis pessoas tiveram participação direta em um esquema de propina que tinha por objetivo garantir a aprovação de projetos de lei do poder executivo na câmara de vereadores. Foram condenados o ex-prefeito João Bosco Pessine; o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo Edson Soares; os ex-vereadores Altair Soares, Emerson Matos e Ronilson Marcílio, além do vereador à época, que cumpre novo mandato nesta legislatura, Ricardo Gusmão.
De acordo com o Ministério Público, João Bosco, seus secretários de governo Angelita Lélis e Edson Soares, e Edwy Júnior, ex-presidente do diretório municipal do PT, teriam se associado para a prática do ilícito. Isso teria acontecido entre os anos de 2009 e 2011.O objetivo do esquema, segundo o MP, era conseguir o apoio da maioria dos membros do poder legislativo para garantir a aprovação de projetos de lei de interesse do executivo, bem como evitar a fiscalização dos atos do prefeito. Para tanto, Edson Soares e Edwy Júnior teriam oferecido e entregado dinheiro aos vereadores Altair Soares, Emerson Matos, Ricardo Gusmão e Ronilson Marcílio em mais de uma ocasião.
A tentativa de cooptação teria como base o resultado das eleições. João Bosco não conseguiu fazer maioria na Câmara Municipal após eleito. O relacionamento entre os poderes executivo e legislativo de Caratinga, desde o início de 2009, foi marcado por considerável embate e cobranças mútuas, como demonstram as atas das sessões da Câmara anexadas ao processo. O ex-prefeito foi investigado por Comissões Parlamentares de Inquérito e Comissões Processantes do Poder Legislativo de Caratinga, o que, para o Ministério Público, denota a instabilidade das relações à época. No entanto, de 2009 a 2011, o prefeito conseguiu aprovação da grande maioria dos projetos de lei de seu interesse, principalmente os de maior impacto financeiro e econômico. Também se livrou de todas as CPIs e CPPs.
O esquema
Conforme a investigação, o então secretário municipal Edson Soares filmava as reuniões que promovia para entrega de dinheiro em seu gabinete, na sede da prefeitura. As imagens serviriam para chantagear os vereadores e garantir sua fidelidade ao governo. Os vídeos mostram claramente os vereadores Altair Soares, Emerson Silva e Ricardo Gusmão recebendo dinheiro de Edson e Edwy Júnior. O laudo pericial concluiu que na reunião do dia 28 de maio de 2010, Ricardo Gusmão recebeu dois maços de dinheiro. Este pagamento, conforme apurado, seria para garantir a aprovação do projeto de lei que tratava da criação do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social dos Municípios do Leste de Minas, o CIDES-Leste. O projeto foi apresentado pelo poder executivo no final de abril daquele ano e aprovado menos de quatro meses depois.
Além dos vídeos, a análise dos dados bancários de Edson Soares evidenciou o saque de R$ 20 mil no dia 23 de abril de 2010 – mesmo dia da entrega de um envelope com dinheiro ao ex-vereador “Irmão Emerson”, bem como a transferência, por meio de cheque, ao vereador, de R$ 4 mil, em 26 de outubro de 2011. De acordo com o inquérito civil, documentos apreendidos na residência do acusado Edson “evidenciam claramente” que todos os vereadores denunciados receberam dinheiro do então secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Está anexado aos autos um comprovante de transferência bancária, no valor de R$ 100 mil, do ex-prefeito João Bosco para Edson Soares. A transferência foi confirmada pela quebra de sigilo bancário de Edson, que também demonstrou outra transferência do então prefeito no valor de R$ 13.050, em 14 de janeiro de 2011.
Sentença
Para o juiz de direito, existem elementos suficientes para comprovar que João Bosco e Edson Soares praticaram crime de corrupção ativa e os réus Altair, Emerson, Ricardo e Ronilson praticaram corrupção passiva. Ricardo Gusmão, que atualmente é vereador por Caratinga, ainda teve declarada perda de mandato. A denúncia contra os réus Angelita Lélis, ex-secretária de Fazenda, e Edwy Júnior não foi acolhida por não ter sido comprovada a participação deles, sendo assim foram absolvidos.
Tanto João Bosco, quanto Edson Soares e Emerson Matos foram condenados a oito anos, dez meses e dez dias de reclusão, inicialmente em regime fechado, mais pagamento de multa. Já Ricardo Gusmão, Ronilson Marcílio e Altair Soares foram condenados a 7 anos de reclusão no regime semiaberto e pagamento de multa.
Apesar da sentença proferida, a justiça decidiu que os acusados podem aguardar o trânsito em julgado da decisão em liberdade.
A maratonista ipatinguense Marilélia Rocha, de 45 anos, celebra ter superado mais um desafio nesse fim de semana. A esportista percorreu cerca de 65 km entre o distrito de Realeza, em Manhuaçu, até Caratinga. Marilélia cumpriu a distância em pouco mais de dez horas. Para ela, os principais desafios no trajeto foram o calor e a região montanhosa:
A maratonista percorre regiões de todo o estado chamando atenção para uma causa social. Desta vez, destacou o trabalho do Asilo Monsenhor Rocha, de Caratinga:
De acordo com a assistente social do asilo, Silvânia Rocha, foram arrecadados mais de quarenta quilos de feijão. A direção da entidade ainda conta com doações para promover a feijoada do próximo dia 16: