Socorro a cavalo debilitado no Parque de Exposições gera polêmica entre funcionários da prefeitura e protetoras de animais

Por Rádio Cidade

26/09/2018 às 15:25

Um cavalo recolhido das ruas de Caratinga pela prefeitura gerou polêmica entre funcionários do município e as protetoras de animais. Ele foi encontrado deitado em uma vala no Parque de Exposições. Para as protetoras, a prefeitura deveria ter providenciado a retirada imediatamente. Porém, para a veterinária contratada pelo município, Lurdes Aparecida da Silva, o cavalo poderia recuperar as forças e sair do local sozinho. Caso isso não acontecesse, seria removido nesta quarta-feira com a ajuda de uma retroescavadeira.

A protetora Sarah Hamade suspeitou que algo diferente estava acontecendo quando saia do parque, depois de visitar a ONG Latemia, por volta das 16h30 de ontem.

Outras protetoras de animais foram acionadas. Elas temiam que o cavalo passasse a noite na vala agonizando. Decidiram, então, chamar os bombeiros, que acabaram retirando o animal do local. A veterinária da prefeitura, Lurdinha, voltou ao parque, ainda na noite de ontem, e explicou à imprensa como o cavalo foi parar dentro da vala.

Lurdinha afirmou que o animal estava sendo monitorado.

A prefeitura está com dois cavalos no Parque de Exposições. Eles foram encontrados vagando pelas ruas, oferecendo risco à população em meio ao trânsito e à sua própria integridade. Segundo informou a prefeitura nesta quarta-feira, o dono do cavalo não entrou em contato com o departamento de Vigilância Sanitária, nem foi ao local onde está abrigado. O protocolo para a retirada dos animais é simples: basta o proprietário pagar uma multa de R$ 80,00 e se comprometer a cuidar do animal para que ele não volte para as ruas.

A equipe da vigilância sanitária e a veterinária responsável garantem que o local e tratamento dado aos animais são adequados. Há área coberta, descoberta e de pastagem. O objetivo é tirá-los das áreas de perigo e abrigá-los temporariamente até que o proprietário possa buscá-los.

Muitas vezes, os proprietários desses animais são negligentes nos cuidados com a segurança e, em certos casos, não oferecem sequer cuidados médicos e alimentação adequada.