Nesta quarta-feira (12) a Polícia Civil deflagrou a terceira fase da “Operação Tarja Preta”, em Caratinga, que recebeu o nome de “Esquema Adesão”. Nessa etapa, a justiça determinou novamente a prisão de Túlio Mendes Genelhu, acusado de participar da fraude na aquisição e distribuição de materiais hospitalares e medicamentos em Teófilo Otoni. Túlio havia sido solto na última sexta-feira, porém novas investigações apontam que ele tem participação no processo de licitação da distribuidora do Grupo Plena.
Durante o curso das investigações, a Polícia Civil descobriu a participação de um intermediador, que juntamente do representante comercial da empresa, oferecia a algumas prefeituras da região, uma licitação pronta de compra de materiais médicos, hospitalares e de medicamentos. Era cobrada taxa de 10% sobre o valor da nota fiscal dos produtos adquiridos. A Polícia Civil ainda não divulgou quais prefeituras da região teriam firmado contrato com os suspeitos.
As investigações partiram da delação premiada de um ex-funcionário da Prefeitura de Teófilo Otoni. De acordo com a Polícia Civil, ele revelou o esquema para fraudar compras de remédios e desvio de dinheiro. A fraude ocorrida em 2014 e 2015 teria desviado cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres públicos.
Segundo o promotor Lucas Dias, as provas contra os envolvidos são consistentes:
Estão presos: Thiago Mendes Genelhu; seu irmão Túlio Mendes Genelhu. O ex-secretário municipal de Saúde de Teófilo Otoni, Fernando Antônio Barbosa, de 52 anos, que no período de 2014/15 era o responsável por assinar os contratos de licitação daquela cidade. Carlos Henrique, que também ocupava cargo na Secretaria de Saúde de Teófilo Otoni. E ainda um ex-funcionário do grupo Plena, Rodrigo Lemos Bethonico.