O Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Caratinga decidiu: a praça Cesário Alvim é para pedestres e não para estacionamento de carros. A diretriz já existia desde 2004 e será reforçada com a publicação de um decreto que depende, agora, da assinatura do prefeito Wellington Moreira.
Representantes do conselho se reuniram mais uma vez com o pároco da Catedral, padre Moacir Nogueira, na manhã de hoje (7). Ele propôs a liberação do estacionamento para os paroquianos nos horários de missa, mas a votação pela proibição foi unânime, de acordo com o presidente do conselho Lysias Leitão.
As exceções aceitas pelo conselho são para estacionamento de carros de noiva, veículos de funerária e veículos para manutenção da praça. O presidente do Conselho do Patrimônio entende que a Cesário Alvim, que é bem tombado, deve voltar a ter sua função de origem.
Outra questão discutida é a promoção de eventos na praça. Os conselheiros entendem que eles não devem ser proibidos, desde que sejam promovidos com critério, sem danificar o patrimônio.
Entramos em contato com o pároco da Catedral, padre Moacir, para saber se ele gostaria de comentar a decisão do conselho. Ele disse que ainda não foi comunicado da decisão e que vai aguardar o posicionamento oficial.
A Polícia Militar também vai se manifestar, mas aguarda o ofício da Prefeitura de Caratinga.
A degradação da praça Cesário Alvim, especialmente do piso de pedras portuguesas, vem sendo abordada pela Rádio Cidade nos últimos dias. Desníveis acentuados e buracos são encontrados praticamente por toda a praça e não somente em frente à igreja. O estacionamento de carros, promoções de eventos, obras da Copasa e falta de manutenção por parte do poder público vinham comprometendo a preservação do principal cartão postal de Caratinga.
Agora, com um posicionamento mais efetivo do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural, espera-se que a situação comece a ser revertida. Um ponto de partida pode ser a recuperação do piso que tem colocado em risco a segurança dos pedestres e comprometido a estética deste importante espaço público.
Restam ainda algumas dúvidas quanto ao início da implementação da decisão e de que mais ela depende. Se do simples anúncio da posição do conselho, com sua autonomia legal, ou da assinatura do decreto pelo prefeito Wellington Moreira. Também não está claro se a Catedral de São João Batista acatará de imediato a decisão ou se recorrerá dela judicialmente com base em documentos que comprovariam a posse do terreno.
