Obras das casas populares do ‘Minha Casa Minha Vida’ devem começar em janeiro

Por Rádio Cidade

28/11/2018 às 22:24

A Caixa Econômica Federal assinou convênio com o município de Caratinga para construção de 400 casas nesta quarta-feira (28). Segundo o gerente da Caixa, em Caratinga, Flávio Silva, cada casa será entregue a seu proprietário ao custo de R$ 75 mil. As famílias com cadastro aprovado terão subsídio do Governo Federal de até 90% do valor total, com prestações que poderão ser pagas em até dez anos. O valor destas prestações deverá ficar entre R$ 80 e R$ 200.

O terreno definido pela Caixa Econômica fica no final da Rua Cel. Antônio Saturnino, a “Rua da Cadeia”, antes da comunidade Portelinha. No local serão construídos os residenciais Esperança III e Esperança IV – um com 280 unidades e outro com 120. A construtora Panda Engenharia e Construção se prepara para dar início às obras em janeiro e pode entregar os residenciais em até 18 meses. Neste momento os proprietários do terreno devem providenciar todas as licenças ambientais exigidas. As licenças de responsabilidade do município já foram expedidas.

Mas quem terá direito às casas? De acordo com a Caixa, os contemplados devem atender critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades, que dá prioridade a famílias de áreas de risco ou desabrigadas, famílias chefiadas por mulheres e que tenham algum membro com deficiência. Também há critérios definidos pelo município, que deverão suprir necessidades locais da população.

As unidades habitacionais serão subsidiadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida e o empreendimento em Caratinga está orçado em R$ 30 milhões.

Cadastro das Famílias

Não faz muito tempo que um áudio do presidente das associações dos Sem Casa e do Bairro Doutor Eduardo, João Lourenço, o “João Cabeção”, repercutiu muito nas redes sociais. No áudio gravado por ele para um grupo de famílias do WhatsApp, “João Cabeção” dizia, irritado, que aqueles que não trabalharam para a campanha do deputado Federal Mauro Lopes (nas últimas eleições) seriam cortados da lista de beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida. O líder do movimento é o responsável pela coleta de nomes de pessoas que vivem precariamente por falta de uma casa própria.

Em entrevista à Rádio Cidade, “João Cabeção” pediu desculpas pelo episódio e disse que aquele foi um momento intempestivo. Também afirmou que não tem o poder de dizer quem vai ter ou não ter direito às casas populares e que a lista das associações apenas vai ajudar o governo municipal a fazer um cadastro definitivo baseado em critérios socioeconômicos.