De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas, 74 medicamentos estão totalmente em falta no Estado. Outros 23 estão com estoque entre 10% e 79% do total da demanda. Segundo a secretaria, a crise financeira é uma das causadoras do problema, já que o governo deve aos fornecedores.

O jornal Diário de Caratinga apurou que, em Caratinga, faltam 83 medicamentos da lista de 217 que deveriam estar disponíveis gratuitamente à população pelo programa Farmácia de Minas. No grupo de remédios de alto custo, que o cidadão tem acesso diretamente na Farmácia Popular, estão zerados 74 medicamentos. Dentre eles, Amantadina 100 mg, indicado no tratamento do parkinson; Vigabatrina 500 mg, para tratamento de epilepsia; e Azatioprina 50 mg, imunossupressor utilizado por pacientes com anemia, artrite reumatoide grave, lúpus, hepatite crônica autoimune, entre outras enfermidades. Os estoques de Morfina 10 mg, 10mg/ml, solução oral, 30 mg, LC 100 mg e LC 60 mg também estão zerados. Está disponível, apenas, a Morfina LC 30 mg, com estoque de 17%.

Outros 26 medicamentos estão com algum estoque, como é o caso da ciclosporina, medicamento que garante o funcionamento dos rins depois de um transplante. A forma farmacêutica de 100 mg ainda tem o estoque de 20% e as cápsulas de 25 mg (60%). No entanto, a solução oral está zerada.

Já em relação aos remédios da Atenção Básica, que são distribuídos para os postos de saúde dos distritos e dos bairros da sede de Caratinga, o desabastecimento é de nove medicamentos, incluindo a Benzilpenicilina benzatina, antibiótico que trata infecções bacterianas.

Não há previsão de regularização dos estoques.

Fonte: Diário de Caratinga