O decreto estadual que proibia a comercialização de frituras, doces e balas na porta das escolas em Minas Gerais foi suspenso pelo governador Romeu Zema. Ele quer ter acesso a mais dados que respaldem a medida, considerando aspectos econômicos, sociais e de saúde dos alunos, no que diz respeito à prevenção da obesidade infantil.
Zema instituiu um grupo de trabalho composto por representantes das secretarias de Estado de Saúde, Educação, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Desenvolvimento Econômico e Planejamento e Gestão. Este grupo tem 180 dias para concluir os estudos.
O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep) informou, por nota, que é favorável à venda somente de alimentos saudáveis nas escolas. A mesma opinião é compartilhada em Caratinga por especialistas. A nutricionista Brunella Demoner trabalha na Escola Professor Jairo Grossi e defende uma alimentação rica em nutrientes.
Em nota, a assessoria de imprensa do governo de Minas informou que o decreto que proíbe a venda de guloseimas não especifica o que não são alimentos saudáveis, cabendo interpretações subjetivas.
Enquanto isso, a decisão pela venda de frituras e doces nas escolas fica a cargo de cada instituição de ensino.