Sábado, 17 de outubro, foi o “Dia D” da Campanha Nacional de Vacinação contra Sarampo, Poliomielite e Multivacinação. A população não tem atendido ao chamado do Ministério da Saúde e por isso está sendo feito um grande esforço para convencer as pessoas a se vacinarem contra doenças que podem deixar sequelas graves ou levar à morte. Um mutirão foi programado nesse sábado no calçadão da rua Miguel de Castro, no centro de Caratinga, além do plantão de atendimento nos postos. Como a meta de vacinação está abaixo do desejável, também em Caratinga, a tenda da campanha vai permanecer montada no calçadão até 31 de outubro, de segunda a sexta-feira, de 8h às 16h, para vacinação contra o sarampo.

Segundo o Ministério da Saúde, após 25 anos, o Brasil não bateu meta em nenhuma vacina do calendário em 2019. Pela primeira vez, desde 1994 – desde quando os dados estão disponíveis – o país não atingiu a meta de vacinar 95% do público-alvo em nenhuma das 15 vacinas do calendário público.

O Brasil tem um dos mais eficientes programas de vacinação do mundo e graças a ele conseguiu erradicar várias doenças. Porém, devido à baixa vacinação na década de 2010, uma delas voltou, o sarampo.

Além da resistência da população por puro comodismo, um novo desafio se impôs em 2020. Com a pandemia de coronavírus ainda mais brasileiros estão deixando de ir aos postos e até mesmo de levarem seus filhos. Alguns, infelizmente, aderem ao movimento antivacina que coloca em risco a saúde e a vida das pessoas. A cobertura vacinal deste ano pode ser inferior à de 2019, trazendo grande preocupação quanto ao retorno de doenças infecciosas graves.

É dever dos pais vacinar crianças e adolescentes de zero a 14 anos nas datas recomendadas. E é um ato de responsabilidade com a própria saúde e com as pessoas com quem se convive a vacinação dos adultos contra o sarampo.