Caixa diz estar empenhada em acionar seguro em favor dos desalojados que têm apartamentos financiados em área evacuada

Por Rádio Cidade

18/12/2020 às 15:43

Vários apartamentos atingidos pelo desmoronamento de uma encosta no bairro Rodoviários, em Caratinga, estão financiados pela Caixa Econômica Federal. Muitos proprietários apenas começaram a pagar as prestações de seus imóveis. Além da angústia de não saberem se poderão retornar para suas casas, também estão pressionados por despesas que não estavam previstas, já que as prestações do contrato com a Caixa continuarão sendo cobradas ao mesmo tempo em que precisão pagar aluguel de uma outra moradia. Este é o caso, por exemplo, da professora Patrícia da Silva Santos, que mora em um dos 52 apartamentos do edifício Íris.

 

Depois da conclusão do laudo geológico do terreno, a prefeitura disse que irá analisar a possibilidade de atender os desalojados com aluguel social, mas cada caso será avaliado individualmente.

Resposta parecida foi dada pela Caixa quanto ao pagamento de um seguro a que estas pessoas teriam direito. A Caixa esclareceu nesta sexta-feira (18) que o seguro do financiamento habitacional possui coberturas específicas para sinistros, sendo que cada processo passará por análise, de acordo com as cláusulas previstas em contrato. O banco afirmou estar empenhado no acionamento do seguro e envio dos casos para análise a cargo da seguradora e/ou fundo responsável. Por fim, deixou claro que apenas financiou os imóveis na condição de agente financeiro, emprestando recurso para compra do bem, tendo sido o imóvel de livre escolha dos mutuários.

A Prefeitura de Caratinga, por meio da Defesa Civil, notificou formalmente os proprietários da área em que ocorreu o deslizamento de um talude no bairro Rodoviários, para que sejam realizadas as obras emergenciais necessárias à estabilização da encosta, conforme orienta o laudo geológico. Os proprietários também deverão apresentar o projeto das obras definitivas, especificando data de início, após o período chuvoso, nos mesmos termos e recomendações que constam no laudo.

As notificações têm caráter extraoficial e, por isso, não preveem penalidades em caso de descumprimento. Contudo, de acordo com o poder executivo, se as obras emergenciais não forem iniciadas imediatamente o município deverá acionar a justiça.