Justiça condena cinco réus pela morte do mecânico Jonas Pedrosa, de Inhapim. Penas variam de 22 a 14 anos de reclusão

Por Rádio Cidade

27/08/2021 às 16:18

A 2ª Vara Cível/ Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de Inhapim julgou e condenou nessa quinta-feira (26) os cinco acusados pela morte do mecânico Jonas Pedrosa da Silva, morto a tiros na oficina onde trabalhava, no dia 13 de setembro de 2019. Os réus irão cumprir pena por homicídio duplamente qualificado, conforme a participação de cada um.

O julgamento dos cinco suspeitos começou nessa quarta-feira (25). Testemunhas foram ouvidas por cerca de 24 horas até que a sentença fosse proferida pelo juiz João Fábio Bonfim.

O Ministério Público informou que as provas obtidas durante o processo confirmam a participação de cada um dos acusados. Segundo o Ministério Público, um deles recebeu R$ 3.200,00 para comprar a arma de fogo que seria utilizada no crime.

O mandante do crime, que já cumpria pena por outros delitos, mandou matar Jonas de dentro da prisão. Ele foi condenado a 22 anos e seis meses de reclusão. A intermediária entre o mandante e o executor, assim como o próprio executor, foram condenados a 19 anos e seis meses. O piloto da motocicleta e o responsável por vigiar a viatura policial foram condenados a 14 anos e três meses de reclusão.

O Caso

Jonas Pedrosa da Silva foi morto com cinco tiros na face, no dia 13 de setembro de 2019, na oficina em que era proprietário. Dois suspeitos chegaram em uma moto, um deles desembarcou, atirou seis vezes contra Jonas e depois fugiu.

A Polícia Militar localizou a moto utilizada no homicídio, que havia sido furtada em Ipatinga para a prática do crime. A PM levantou informações sobre possíveis suspeitos e o caso foi repassado para a Polícia Civil de Inhapim.

O trabalho investigativo indiciou e prendeu seis suspeitas de participação no homicídio. De acordo com a PC, a vítima havia testemunhado contra o mandante do assassinato, alegando que ele estaria envolvido com tráfico de drogas. Outra motivação possível seria um relacionamento extraconjugal da vítima com a mãe do mandante.

A Polícia Civil apurou que dois suspeitos foram orientados a matar Jonas, com intermediação de uma mulher e participação de outros dois.

Em outubro de 2019 o executor de Jonas foi detido em cumprimento a um mandado de prisão. Já no dia 5 de dezembro de 2019, outros cinco suspeitos foram presos preventivamente.

Durante audiência de instrução e julgamento, a denúncia contra um dos suspeitos foi considerada improcedente. Os outros cinco foram condenados nessa quinta-feira (26). Todos já tinham passagem pela polícia por extorsão, tráfico de drogas, furto e tentativa de homicídio.