Continuam as buscas pelos suspeitos de matarem um homem de 36 anos, nesse sábado(6) no Córrego do Sereno, em Bom Jesus do Galho. O crime ocorreu na estrada principal que liga Bom Jesus a Quartel do Sacramento.

Familiares da vítima estavam dentro de casa quando escutaram alguns disparos e acreditaram ser bombinha. Ao saírem da casa para ver o que estava acontecendo encontraram o homem caído com marcas de disparos de arma de fogo pelo rosto. Quando o socorro chegou, já estava morto.

Segundo sargento Marcelo Rodrigues, a vítima foi alvejada três vezes.

A motivação ainda é desconhecida e a polícia segue com as investigações.

A organização do show de Marília Mendonça informou na noite de sexta-feira (5) que estava prestando apoio à equipe da cantora e também aos familiares nas primeiras horas após o acidente e que, no futuro breve, trataria das questões burocráticas relativas ao evento.

Nas redes sociais da Cidade FM, algumas pessoas que compraram ingressos disseram que não iriam cobrar a devolução do valor pago, já que o cancelamento do show foi motivado por uma fatalidade fora do controle e responsabilidade da organização. Um dos internautas disse, inclusive, que iria emoldurar o ingresso do último show que Marília Mendonça não fez.

Marília Mendonça morreu aos 26 anos. Também não sobreviveram o tio e assessor Abiceli Silveira, de 26 anos, o produtor Henrique Ribeiro, de 32 anos, o piloto Geraldo Martins, de 56 anos, e o copiloto Tarcísio Pessoa, de 37 anos. A cantora foi sepultada em Goiânia no sábado, após velório que reuniu mais de cem mil pessoas no ginásio Goiânia Arena. O produtor Henrique, que também produzia o cantor Cristiano Araújo, morto em acidente de carro em 2015, foi sepultado em Salvador. Os corpos do piloto e copiloto seguiram para Brasília somente no final da tarde de sábado e foram sepultados no domingo.

A causa apontada para as mortes, de forma geral, é politraumatismo. Isso significa que a desaceleração brusca de velocidade com o choque nas pedras da cachoeira ocasionou lesão em vasos, órgãos e ossos. De acordo com o bombeiro Tenente-Coronel Nunes, comandante do Batalhão de Bombeiro Militar de Ipatinga, todos estavam mortos quando as equipes de socorro chegaram ao local.

A queda fatal tem relato de algumas testemunhas que ouviram o avião se aproximar ou viram parte dos últimos segundos do voo. Entre elas, o empresário Aníbal, que mora muito perto da cachoeira. Ele estava na propriedade quando houve o acidente e diz ter visto o final da queda. Aníbal falou que o avião se aproximou em baixa altitude e a rota que ele fez não é a mais usada pela maioria dos pilotos.

Tiago estava trabalhando em uma propriedade também perto da cachoeira.

As causas do acidente estão sendo apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e não há data para conclusão do laudo.

Caratinga foi destaque nacional e até internacional ao ser palco de mais uma tragédia que ficará marcada na história da música brasileira, a morte da cantora sertaneja Marília Mendonça e de outras quatro pessoas que viajavam com ela em um avião bimotor. A notícia que chegou aos poucos enquanto a Rádio Cidade e toda imprensa cobria a queda da aeronave na cachoeira do Córrego do Lage, deixou milhares de pessoas em luto.

A noite da última sexta-feira (5) era para ser de festa com o show da cantora em Caratinga. Mas no horário em que ela estaria no palco, no Parque de Exposições, fãs se reuniam na Praça Cesário Alvim em homenagem à artista.

O avião de uma empresa de táxi aéreo de Goiânia foi retirado do local nesse domingo (7), numa operação delicada que contou com o esforço de várias equipes. Por volta das 17h foi transportado para o pátio credenciado do Detran, Fervel.

Os dois motores foram removidos nesta segunda-feira. A programação inicial era içar os motores com ajuda de um helicóptero, mas questões ambientais inviabilizaram a operação. Para que o helicóptero tivesse acesso com segurança, seria preciso cortar várias árvores e isto não pode ser feito sem autorização de órgãos ambientais. Sendo assim, a alternativa foi retirá-los por terra.

Depois que todos os destroços estiverem no pátio, um único veículo irá levá-los para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde deverá passar por mais uma perícia.

O bimotor foi liberado para remoção depois da inspeção do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Cenipa. Especialistas da regional três, do Rio de Janeiro, estiveram em Caratinga durante todo o sábado. De acordo com o Tenente-Coronel, aviador Silveira, além da coleta de dados para análise posterior, foi recolhido um equipamento que irá informar exatamente o trajeto feito pelo piloto.

Ainda na sexta-feira a Cemig confirmou o rompimento de um cabo da torre de energia que fica perto da cachoeira onde o avião caiu. Conforme a companhia, o cabo é um fio-terra e não estava energizado. A Cemig também demonstrou que a rede está fora da área de proteção do aeródromo de Caratinga. Por esse motivo, não é obrigatória a sinalização da rede. A informação foi confirmada pela Aeronáutica.

Para buscar as causas que contribuíram para o acidente, técnicos do Cenipa também vistoriaram o ponto onde a rede foi rompida.

O trabalho do Cenipa foi acompanhado de perto pela assessoria jurídica de Marília Mendonça, que enviou dois advogados. Maurício Carvalho era um deles.

Tenente-Coronel Silveira explicou que não há prazo para conclusão das investigações.