O Ministério Público promoveu uma reunião entre a gerência da Caixa Econômica Federal de Caratinga e representantes das secretarias de assistência social de cidades vizinhas para tentar pôr fim aos transtornos causados aos usuários que permanecem em longas filas nas imediações do banco em busca de atendimento. O encontro aconteceu no fórum de Caratinga, nessa segunda-feira (11).

De acordo com o MP, foi instaurado processo administrativo no âmbito da curadoria de defesa do consumidor para cobrar iniciativas do banco. Mas ao longo do processo percebeu-se que um dos problemas é a falta de informação por parte das pessoas que deixam suas cidades para resolver questões na agência de Caratinga sem necessidade. Como boa parte delas é beneficiária de programas sociais, faz sentido a mobilização das secretarias municipais de assistência social que têm canais de comunicação com este público.

Segundo o promotor de Justiça Alcidézio José de Oliveira Bispo Júnior, a questão ultrapassa o âmbito do Procon.

A assistente social de Bom Jesus do Galho Solange Rodrigues espera que o diálogo entre a Caixa e os serviços de assistência social dos municípios esclareça questões importantes quem compõem este problema.

O coordenador do Centro de Referência de Assistência Social, CRAS, de Entre Folhas, Wemerson da Silva Castro, considera que uma comunicação mais clara com os usuários é fundamental para resolver o problema.

Segundo o promotor Alcidézio José, o procedimento administrativo prossegue e a Caixa está apresentando suas defesas. Eles negociam um ajustamento de conduta.

Uma das iniciativas consideradas na reunião é a capacitação dos agentes públicos para que repassem informações aos beneficiários dos programas sociais em suas cidades a respeito das operações financeiras relacionadas aos benefícios. Ou seja, quando é preciso ir à agência, quando é possível resolver na lotérica ou através da internet, e como.